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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Dicas do Max


Pessoal, admiro muito o trabalho no Max Gehringer e encontrei na página virtual da revista época, dicas importantes para nosso dia-a-dia...resolvi reproduzir aqui:

Trabalho ao lado de um colega que não prima pela higiene. Sua aparência e o cheiro que ele exala me incomodam demais. Só de olhar para ele me sinto mal. O que posso fazer para mudar essa situação? Será que a melhor estratégia é abrir o jogo e pedir para mudar de lugar? Ou será que posso ser mal interpretado pelo chefe? Devo fechar os olhos para isso?
Você só deve falar com o chefe se todos os seus colegas forem junto. Vivi uma situação dessas. Um colega foi reclamar de outro que não tomava banho e não usava desodorante. O chefe respondeu: “O Cheiroso é o funcionário mais eficiente do departamento. Quando você conseguir resultados iguais aos dele, volte a falar comigo”. Você pode pedir a seu chefe para mudar você de lugar, mas não espere outro tipo de providência se for reclamar sozinho. Chefes são mais ligados em números do que em cheiros.

Estou participando de dois processos seletivos. A primeira empresa prometeu a resposta em uma semana e a segunda em 20 dias. Prefiro a segunda. O que fazer se a primeira me chamar antes?
A pior opção seria você recusar a primeira proposta apostando na segunda, que pode não dar certo. Menos mau é aceitar a primeira e pedir demissão depois de duas semanas de trabalho. Mas a conduta é pouco profissional. Caso a primeira empresa confirme sua contratação, agradeça, desligue e imediatamente ligue para a segunda. Diga que prefere trabalhar nela, mas não pode esperar duas semanas pela resposta, porque tem uma proposta em mãos. Se a segunda empresa tiver interesse em contratá-lo, apressará o processo e lhe responderá em um dia.

Trabalho em uma das maiores consultorias do país. Colegas que se formaram comigo e trabalham em empresas menores ganham mais do que eu. Há algo errado?
Não. Você está olhando a situação apenas no curto prazo. Sua empresa atual lhe proporciona um aprendizado diferente, contatos com grandes clientes e uma chancela de muito prestígio em seu currículo. Depois de passar dois anos nesse emprego, você terá adquirido experiência suficiente para ser contratado por uma empresa de renome com um razoável salto salarial, algo que a maioria de seus colegas não conseguirá.

Tenho 17 anos. O que você me diria sobre os cursos tecnológicos?
Eu diria que, ao ingressar em um deles, você já deve ter uma razoável noção do que deseja para sua carreira profissional. Se gosta da área de logística, por exemplo, o curso tecnológico é uma excelente opção. O que você deve evitar é se encantar com o nome de um curso sem saber que tipo de possibilidade de emprego ele lhe oferecerá. Um caso típico é relações internacionais. Só na hora de procurar um emprego se descobre que o mercado é restrito. Portanto, não veja um curso tecnológico como uma maneira de encurtar o caminho da formação superior. Não é para isso que eles foram criados, mas para formar técnicos em funções específicas.

Veja aqui a reportagem original: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI153890-15230,00-E+SE+O+COLEGA+NAO+USA+DESODORANTE.html

Erros mais comuns ao ser entrevistado


Um dos momentos mais temidos durante um processo de seleção de emprego é a entrevista. As empresas aceitam o nervosismo do candidato, mas algumas atitudes não são toleradas.

Que atire o primeiro currículo quem nunca cometeu erros numa entrevista de emprego e já pisou na bola porque passou da conta na ansiedade?

Leia aqui a íntegra do chat com o gerente de atendimento da Catho Online, Lucio Tezotto.
http://videochat.globo.com/GVC/arquivo/0,,GO15942-3362,00.html

“Você se sente oprimida e pensa o que eu estou fazendo aqui?”, diz a candidata Thaís.
Os processos de seleção mexem mesmo com o nosso organismo. Vazio no estômago, aperto no peito, taquicardia, tontura, náuseas, suores.
Se você é daqueles que na hora da entrevista, os lábios e as mãos tremem não precisa se preocupar. As empresas já não dão tanta importância e entendem o nervosismo do candidato como normal e não é por causa disso que você vai perder a vaga.
As empresas estão mudando aos poucos é o que diz a psicóloga e gerente de recursos humanos Alessandra Tomelin.
“A gente não tem mais aquela visão maquinal do ser humano a gente vê pessoas que transpiram que ficam nervosos que gaguejam que esquecem informações, acontece. Entrevista de emprego é uma reunião que você vai fazer com outra pessoa e o assunto é você”.
Mas alguns movimentos podem distrair quem está conduzindo a seleção de candidatos. As mulheres também costumam balançar o corpo e os homens mexem exageradamente mãos e pés.
“Tente organizar seu pensamento de tudo aquilo que você quer transmitir para o selecionador e que você acha importante. Você não precisa lembrar nem criar uma situação. Você vai lá falar de você e então isso é muito fácil e todos os outros aspectos e posturas vão ficar menos aparentes”, explica a psicóloga.
O candidato Rafael Rosa fala o que dá mais medo na hora da entrevista. “Você ficar de frente pra uma pessoa que você não conhece e que está muito acima e que vai te contratar e isso dá medo”, revela.
Mas não precisa. O selecionador tem um objetivo que é buscar a pessoa certa para a vaga. Ele não está contra você. Também não insista em trabalhar numa empresa que não tenha o seu perfil.
“Não adianta um candidato que detesta usar terno e gravata usar terno e gravata no dia da entrevista só pra impressionar porque talvez aquele seja o requisito para todos os dias dele. Você pode em alguns momentos tentar transmitir alguma imagem daquilo que você não é, mas no dia a dia do emprego as coisas vão aparecer”.

Reportagem publicada na página do jornal hoje em 20/07/2010 por Veruska Donato - São Paulo - SP

sábado, 24 de julho de 2010

Pinóquio profissional

As 5 mentiras mais contadas no currículo
Quatro em cada dez currículos contém informações falsas, exageradas ou omitidas

Segundo especialistas, 40% dos candidatos mentem ou exageram informações no currículo


São Paulo - "A verdade é bela, sem dúvida, mas a mentira também", escreveu, certa vez, o ensaísta americano do século 19, Ralph Waldo Emerson. Na competitividade da vida moderna é cada vez mais difícil não lançar mão das belas artimanhas da autopromoção para destacar-se. Vale de tudo, até mesmo falsificar informações no currículo, idealizando ou exagerando competências. A prática se tornou tão comum que já tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei para torná-la crime sujeito a pena de detenção. No ano passado, até a candidata à presidência da República Dilma Roussef foi acusada de inflar o documento com títulos que não possui.

"Em média, 40% dos currículos trazem algum tipo de informação inverídica", diz Vander Giordano, diretor executivo da Kroll, empresa que atua há 40 anos na área de consultoria em gerenciamento de risco. Em um ano, a demanda da empresa pelo chamado "background check" - um serviço de levantamento dos antecedentes escolares, profissionais e até criminais do candidato - aumentou cerca de 25%.

"Não importa quão inocente possa parecer, a mentira desfaz a credibilidade do candidato e pode gerar até um colapso permanente da confiança", afirma a consultora Juliana Nunes, da Asap. Para evitar constrangimentos ou até, quem sabe, um processo criminal no futuro, o melhor é manter o pé na realidade e optar pela honestidade, sempre. A seguir, saiba quais são as cinco mentiras mais contadas nos currículos, e cuide para manter-se longe delas.

1 - Idiomas: É a mentira mais popular e também a mais fácil de ser identificada. Um simples teste ou uma conversa com o recrutador são suficientes para checar a proficiência no idioma. Trata-se daquele inglês "básico" que no currículo aparece como "avançado". Segundo Juliana, nem sempre o candidato age de má fé. "O problema é de percepção. A pessoa acha que domina a língua mas, na prática, tá enferrujada", diz. Portanto, cuidado ao colocar no currículo que você é fluente numa língua. Procure explicar esse grau de fluência, caracterizando separadamente as habilidades de "fala", "escrita" e "leitura".

2 - Motivo de saída da empresa: Demissões não costumam ser bem vistas. Mas isso não é motivo para transformar uma dispensa individual em uma demissão em massa ou extinção de setor. "É comum os candidatos afirmarem que foram mandados embora porque a empresa onde trabalhavam passou por uma reestruturação ou que o setor onde atuavam foi extinto", diz Giordano. Se percebida, a mentira sobre os motivos da saída de empregos anteriores pode passar a impressão de que o candidato quer esconder algo.

Para evitar que um possível erro do passado influencie na conquista do novo emprego, o especialista recomenda uma saída ética: "Limite-se a dizer que não estava sendo bom nem para você nem para a empresa". Caso você não tenha se adequado bem ao trabalho anterior, não se preocupe. Em geral, problemas de adaptação cultural são justificativas legítimas para desligamento.

3 - Exagerar responsabilidades e salários: Aqui, um projeto realizado em equipe pode virar um triunfo pessoal no currículo. Exageros de competência acontecem aos montes, porém, nem sempre se sustentam. Principalmente, se recrutador pedir para o candidato especificar suas atribuições e as dos demais envolvidos no projeto. Para responder, o candidato precisa recriar e distorcer toda a história, e no meio do caminho..."Eles sempre se enrolam, não conseguem dar informações especificas sobre o seu papel, nem os dos outros participantes", conta Juliana.

Outro tiro no pé, segundo a consultora, é a artimanha de aumentar o salário do emprego anterior para tentar cifras maiores na nova oportunidade. "Isso pode ser tornar um entrave à contratação", alerta Juliana. "A empresa nem sempre tem condições de cobrir o salário anterior".

4 - Tempo de trabalho: O tempo que se dedicou à empresa também costuma ser mudado ou omitido pelos candidatos. Seja porque a pessoa ficou pouco tempo naquela posição e teme ser vista como instável ou com nível de empregabilidade baixo, seja porque a empresa é mal vista no mercado. Em qualquer caso, vale dizer a verdade no currículo e explicar os motivos durante a entrevista.

Para quem tem vergonha de dizer que estava desempregado esticar em alguns meses a permanência no emprego anterior pode ser até aceito pelo selecionador. Do contrário, desista de tentar manipular datas. "Aqui, a mentira tem perna curta mesmo, sendo facilmente constatada pelos checadores ao ligar para empresas ou observar a carteira de trabalho", diz Giordano.

5- Formação: Não minta sob qualquer hipótese sobre sua formação. Além de ser um critério bem objetivo, você pode simplesmente não conseguir executar uma função pela falta das competências. Bom senso não faz mal a ninguém. Um curso de artes no exterior para turistas, por exemplo, não é o mesmo que uma pós-graduação internacional. Assim como um MBA pela metade não representa um MBA completo. Seja honesto e inteligente. Afinal, qualquer exigência de certificado é suficiente para desmascarar a mentira.


Vanessa Barbosa, de EXAME.com